sábado, 28 de setembro de 2013

Avencas

Na última mudança de residência da família trouxemos uma avenca, grande, viçosa, bonita. Em algum momento morreu à sede e o vaso ficou abandonado durante algum tempo, acho que anos.
Há pouco tempo retirei a terra do vaso e juntei-a com outra, para a reaproveitar nalgumas plantações que fiz. Para meu espanto uma pequena avenca nasceu no meio de um vaso com fetos, depois num de trevo e agora já tenho 4 ou 5 vasos com pequenas avencas.
Fico sem saber como foi possível esta multiplicação, que aconteceu depois de vários anos de abandono.
A multiplicação de avencas faz-se facilmente por touceiras, separação da planta de um vaso em vários, mas na natureza ela é feita por esporos. Como a planta já tinha morrido há bastante tempo, e eu retirei todas as raízes da terra, resta a hipótese de terem ficado esporos misturados na terra. Como reguei  a terra por nela estar uma nova planta, os esporos germinaram!
Não há espaço para todas as avencas, até porque estão a concorrer com plantas mais desenvolvidas, mas são bem tratadas, também porque se supões que elas têm efeito contra o mau-olhado. Como os dias estão difíceis, nunca se sabe.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O meu "jardim"

Petúnias - excelente colorido e nada exigentes
Sou aprendiz de jardineiro de coração, porque jardim, propriamente dito, não tenho. Sou um jardineiro urbano com todas as limitações que isso tem.
Tenho três espaços à minha disposição, o de dentro, o de fora e o que nem está dentro nem fora! Agora de forma que se entenda: o espaço exterior é um canteiro, que não é inteiramente da minha responsabilidade, mas que partilho com outras pessoas. A espécie que mais cuido são 4 couves galegas que plantei exclusivamente para consolar as minhas aves de gaiola (canários e agapornis) com algumas verduras.
Rosa albardeira - espécie selvagem
Como espaço "nem dentro nem fora" tenho uma varanda onde predominam espécies selvagens, cultivadas em vasos. Foi por elas que comecei a interessar-me mais pela jardinagem. Tenho também uma marquise, completamente fechada, que funciona como uma pequena estufa, onde as plantas partilham o espaço com as aves. É o meu espaço predileto, mas de verão, apesar de tudo o que já fiz, continua a ser muito quente, embora isso traga mais incómodo para as aves do que para as plantas.
O espaço interior são várias divisões da casa onde as plantas são nossas companheiras do dia a dia. Algumas estão connosco há décadas e já sofreram os transtornos das mudanças. Ajudam a que nos sintamos em casa.
Narciso (não sei bem ao certo a espécie) - selvagem
A maior parte das plantas tem origem num raminho ou numa semente colhida na casa de um amigo, num jardim publico ou no campo. Nascem e crescem muito lentamente e ainda bem, porque o espaço não é muito. Também há algumas plantas compradas, poucas, por ocasião de algum dia especial. Sou favorável à oferta de plantas em substituição dos mais vulgares ramos de flores.
As plantas, as aves e mais recentemente os peixes, são um verdadeiro problema em tempo de férias. Esta é a nossa residência de trabalho e embora seja aqui que passamos a maior parte do nosso tempo, temos necessidade de nos ausentarmos, para visitar a família, para passear um pouco, ou para visitar campos e jardins noutras paragens. Para apreciarmos a natureza e, quem sabe, recolher uma semente, um raminho ou um bolbo.
Echeveria - floriu em agosto
Temos conseguido contar com alguém que cuida dos seres vivos na nossa ausência. Chego a pensar que eles gostam da nossa ausência, ou então é a surpresa de chegar e ver que as coisas se alteraram desde que partimos: uma semente germinou, uma flor abriu, ou os canários ganharam novas penas.
Há vontade de acrescentar um gato, ou mesmo um cão ao nosso espaço, mas as condições não são as propicias e esse projeto vai sendo adiado (para desgosto de alguns membros da família).