terça-feira, 18 de julho de 2023

Scabiosa

A Scabiosa também merece atenção, pelo menos um dia no ano. Está em flor e acho-lhe muita graça. Gosto de fotografar as flores antes de abrirem, têm uma forma muito geométrica. Só tenho esta cor, mas imagino como devem ser bonitas as azuis, roxas ou púrpura...

Tenho a mesma planta há vários anos e nunca nasceu nenhuma outra! Mas produz muita semente! Limpo a planta e ela rebenta de novo, mas tenho medo que se "apague" e fique sem nenhuma.
A Scabiosa mais conhecida é a Scabiosa Stellata, mas eu não tenho nem nunca vi ao vivo. Também não se pode ter tudo.
Agradeço à D. Fernanda, de Vila do Conde, que me arranjou esta espécie.

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Echinacea purpurea

A equinácea é uma planta medicinal, mas independentemente disso é uma planta de flores muito bonitas. 

Tenho apenas uma cor, mas há várias, entre as quais vermelhas.

Já me têm pedido as plantas para fins medicinais, mas eu apenas as uso como plantas de jardim ou como flores secas (têm um bonito cone). Estão nesta altura em flor.

Encontrei-as por acaso numa visita ao Lidl, há alguns anos atrás. No inverno desaparece totalmente.

domingo, 16 de julho de 2023

Coreópsis

Não tenho visto Coreópsis no Grupo Aprendiz de Jardineiro! Estas plantas entram no grupo daquelas que são autossuficientes, são perenes e são bonitas. 

Necessitam de pouquíssimos cuidados e dão flores durante muito tempo. É uma das espécies que só conheci quando chegou, misturada com mais umas dezenas, numa enorme caixa de cartão. Logo nesse ano floriram e já completam 3 anos comigo. Faço a reprodução por estacas, mesmo sem raiz, quando o tempo está fresco. 

Podem ter alguma dificuldade em prender, mas, por norma, resulta. Tratando-se de uma Asteracea seria de esperar que se reproduzisse facilmente por sementes, mas aqui, não acontece. Não admira. A terra do meu jardim há 6 anos que não é cavada (não há hipótese). Por isso muitas plantas não se reproduzem bem por sementes de forma autónoma.

Como podem ver pelas fotografias há plantas de flores simples e plantas de flores dobradas. Só tenho visto amarelos, mas há com uma auréola central vermelha, ou completamente vermelha (se alguém tem, agradeço que mostre).

Quem tem uma área razoável de jardim, é uma das espécies que pode procurar. Penso que não se irão arrepender.

Sedeveria Green Rose

 Hoje recordo-vos da Sedeveria Green Rose. É uma planta muito pouco conhecido. Havia três ou quatro membros do Grupo Suculentas-Portugal que a tinham e eu acabei por ganhar uma muda. 

Tem o formato que eu gosto e no que toca à cor varia muito. Com o frio fica rose, quase roxa, mas no verão fica verde até com tendência para o amarelo. É uma planta que giro esta espécie com alguma cautela. 

Ela por vezes perde-se na floração. Já tenho enviado algumas mudas (poucas), mas nunca recebi feedback.

sábado, 15 de julho de 2023

O Aeonium que só queria florir

Tenho aqui estas fotografias guardadas para vos contar uma "história", já há bastante tempo, mas como ela não se escreve sozinha, lá terá que ser. Se tivesse que escrever um título ele seria "O Aeonium que só queria florir".
Todos sabem dos perigos que tem a floração dos Aeonium. Quando florescem todas as rosáceas, é complicado, quase sempre significa um adeus definitivo.
Tratou-se de um Aeonium Mardi Gras, o primeiro que tive, comprado à Felisberta Marques e criado com muito carinho. Depois de alguns anos comigo notei que as rosáceas estavam a dar origem a folhas mais curtas e compactas. A desconfiança chegou a certeza pouco tempo depois, ambas as rosáceas preparavam-se para florir.
Tenho ouvido falar em soluções de sucesso, mas são casos esporádicos, tão pontuais que não sabemos se resultam do saber, se da sorte, se da providência divina. Estou a falar da reprodução por folha e da decapitação. A reprodução por folha é possível com Aeonium, eu próprio já tive casos de sucesso, mas em espécies de folhas mais suculentas e/ou lenhosas. Coloquei esta opção imediatamente de lado. Restou-me a decapitação.
Como tenho alguma formação em Ciências Naturais, decidi misturar a necessidade com ou pouco de método experimental. Foram decapitadas as duas rosáceas, mas uma deixando algumas folhas e outra sem folhas (ambas estavam na mesma planta). Uma das rosáceas cortadas foi plantada num vaso, outra foi decapitada de novo ficando a posterior, com algumas folhas, e a superior com o centro da rosácea. A parte posterior foi plantada num vaso, a extremidade foi colocada em copo com água. Fiquei, assim, com 5 variações do mesmo Aeonium. Seria muito mau se nenhuma tivesse sucesso!
1 - Planta original, decapitada, sem folhas;
2 - Planta original, decapitada, com folhas;
3 - Rosácea decapitada, plantada num vaso;
4 - Rosácea decapitada, em água;
5 - Troço do caule, com folhas, plantado em vaso.
Ainda está a ler? 😁 Gosta muito de suculentas ou já teria posto um like e passado à frente.
Só restava esperar... Nenhuma das amostras morreu! Todas continuaram a crescer, com exceção de uma (qual?). O meu entusiasmo crescia com elas.
Adianto já... amostra que nunca cresceu foi o tronco da decapitação que foi deixado sem folhas. Mesmo agora não está morto, mas não estou à espera de alterações com o calor que faz.
Acho que está a torcer pelo sucesso da amostra 2, caule original que foi deixado com folhas. Começou a ganhar um bom conjunto de rebentos e eu iria ter mais de meia dúzia de rosetas. À medida que cresciam o meu entusiasmo foi diminuindo. Estava claro que eram flores. Deixei a floração seguir o seu rumo, não havia mais nada a fazer. Quando a floração terminou cortei as flores, nova decapitação, mas novas flores surgiram. Fiz uma decapitação mais radical, por baixo das folhas e a planta deixou de florir, mas não morreu, nem lançou novas folhas.
Ainda me restavam mais três hipóteses de sucesso. Tratei estas amostras com mais cuidado, não as expondo demasiado ao sol. Todas continuavam a crescer, embora algo estioladas, mas a esperança mantinha-se; a falta de sol poderia inibir a floração.
Com o tempo fui perdendo a esperança. Como habitualmente faço, comecei a aproveitar os vasos para plantar outras espécies. Quando uma plantação me oferece poucas hipóteses de sucesso, aproveito para plantar outras amostras em redor. Não é falta de valorização, é uma necessidade de quem luta constantemente com falta de espaço.
Abreviando. Ambas as amostras plantadas em vaso (pedaço de caule e rosácea do Aeonium) floriram. Como estavam à sombra, a floração foi fraca.
A 5.ª e última amostra encontrava-se em água. Não morreu, mas num milagre que só a natureza consegue... floriu também!
A natureza seguiu o seu caminho. Eu repito muitas vezes, "as plantas não sabem que nós existimos". Não podemos pensar a sua vida colocando-nos no centro. São elas que estão no centro e esta só queria florir. É a sua forma de dar continuidade à espécie.
Não fiquei triste. Confirmei o que esperava, apesar de desejar o contrário. A mesma planta já me tilha dado muitas mudas, algumas das quais estão espalhadas por amigos pelo país.
Faltou testar a utilização das sementes. Sei que é possível, mas é um processo muito demorado, mesmo para quem é paciente.
Paciente também é quem leu esta "história" até ao fim. Se este foi o seu caso e se lhe apetecer escrever um comentário, acrescente "eu li" ao seu comentário. Revivi meses do meu Aeonium ao escrever estas linhas. Já valeu a pena.
Nota: O Aeunium ainda está no vaso, sem folhas, mas está vivo. Será que em setembro vai rebentar?!!!