quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Árvores de fruto

Depois de um grande arranjo com as aromáticas em julho de 2016, todo o verão foi ocupado a cuidar dos espaços que proporcionaram muita cor e beleza. Ficou para o final o espaço 7, destinado às árvores de fruto, por o verão não ser a melhor altura para a sua plantação.
Assim, chegámos a outubro com apenas uma cerejeira, decorativa, por sinal, o que não têm nada a ver com o que pretendia. É claro que o espaço não chega pata um pomar, deve ser entendido como um prolongamento do jardim. Nem sequer penso nele como recurso de fruta. Somos todos diferentes e eu tenho por hábito pensar pouco em aspectos práticos ou económicos. Tenho tido a possibilidade de me ocupar com aquilo que me dá prazer, aquilo que me faz sentir bem comigo e com o mundo que me rodeia e tenho aproveitado essa oportunidade. Quando penso em árvores de fruto penso em ramos, folhas, flores, frutos, aves, insetos, cores, vida. As árvores, de folha caduca ou persistente, vão ser abrigo para os pássaros, possivelmente vou ter aqui  ninhos de pintassilgo, milheirinha, ou mesmo de um verdelhão. Vou poder contribuir um pouco para os acolher, alimentar e, sobretudo, gozar da sua presença. Já quando escolhi alguns arbustos para o jardim pensei nas bagas que poderiam alimentar as aves. Parece-me que com alguns verdadeiros frutos a coisa pode melhorar.
 Para as árvores de fruto tinha, no máximo, uma faixa de terra de 2,7mX25m. Depois de ponderadas as hipóteses optei por apenas uma filha de árvores, com um compasso aceitável para uma meia dúzia de árvores. Na escolha, para além do aspeto de abrigo e alimento para aves, pesou também o gosto dos membros de família, mas sabíamos à partida que seria uma árvore de cada espécie, e não daria para todas as que pretendíamos.
Com folha persistente, e como já há muitas oliveiras na urbanização, optámos por uma tangerineira e um limoeiro. São árvores a que não estou nem um pouco habituado. Os limões são muito úteis na cozinha. A tangerineira tem uma copa densa de folhas muito verdes, ajudando a criar uma barreira visual, dando alguma privacidade. Estas duas árvores foram plantadas mo início de novembro, quando o estado do tempo permitiu uma ligeira interversão no terreno. São sensíveis ao frio, não sei se terão sucesso, espero que sim.
As restantes árvores foram compradas poucos dias depois. Não foi fácil. Como é que se pode escolher uma cerejeira? A vontade era plantar três ou quatro, com épocas de floração e frutos muito diferentes, mas não pode ser. Foi escolhida uma cerejeira, um pessegueiro, uma macieira, uma pereira e um diospireiro. O que me custou mais foi não plantar pelo menos uma amendoeira, pelas flores, mas todas as árvores de fruto escolhidas têm bonitas flores. O diospireiro, a pereira e a cerejeira também costumam ter um bonito colorido nas suas folhas durante o outono. Três videiras juntaram-se ao conjunto.
Vamos esperar pela primavera para vermos algumas alterações.
Com a plantação das árvores de fruto terminaram as intervenções de fundo no espaço considerado jardim. Cada área está orientada para aquilo que foi pensada e agora só há que cuidar, replantar, de acordo com o desenvolvimento das espécies, os gostos pessoais e a disponibilidade de tempo para os cuidar.
Durante o outono e inverno as intervenções não são muitas, mas, com o crescente entusiasmo pelas suculentas, não tem havido descanso e há novidades a acontecerem todos os dias.

Petúnias




sábado, 19 de novembro de 2016

Aromáticas e alfobre

No seguimento da instalação do jardim/horta um momento digno de realce aconteceu em 23 de junho de 2016. Tratou-se da criação de área para plantas aromáticas e um alfobre, no espaço 2, a que chamo horta.
Talvez seja a influência da matemática, da informática, das duas, ou de outras, mas gosto das coisas organizadinhas (pelo menos à minha maneira). Algumas plantas aromáticas, com a hortelã, comportam-se como verdadeiras infestantes, invadindo to o espaço em redor. A instalação de pequenos espaços, cada um destinado a uma espécie aromática, pareceu-me uma boa ideia e tem funcionado, pelo menos até agora.
 Usei os mesmos materiais dos canteiros anteriores, aos quais acrescentei fugas de chaminé, com vários larguras. São estruturas em cimento, usadas para fazer as chaminés das churrasqueiras. Existem com diferentes larguras, mantendo a mesma altura e profundidade, o que permite combiná-las. Parece-me que têm muito potencial para a criação de canteiros práticos e originais, em jardinagem.
Os restantes materiais foram basicamente, plástico para impermeabilizar o passeio, gravilha, lancil e bordadura em madeira.
As fugas foram usadas para criar um pequeno canteiro com divisórias, destinadas à plantação de aromáticas. Os espaços maiores têm 50 cm de comprimento e os mais pequenos 20. Para fácil acesso, junto ao canteiro foi criado um passeio com 40 cm de largura, impermeabilizado e revestido com gravilha. Segue-se um canteiro com 70 cm de largura e 4 metros de comprimento. Foi criado para servir como alfobre, mas ainda não foi utilizado como tal. A largura permite fácil acesso e tem servido às mil maravilhas para a plantação de alfaces, repostas logo que haja alguns espaços vazios.
A totalidade do espaço destinado à horta não ultrapassa os 30 metros quadrados. Quando ficou pronta já era tarde para a instalação de uma verdadeira horta, tentaremos no próximo ano. Para já tem sido muito útil com couves e nabiças que se têm desenvolvido muito bem.
No local já tinham sido plantadas algumas couves e ervas aromáticas, que tiveram de ser arrancadas e novamente plantadas depois dos trabalhos terminados.
Na preparação deste espaço estiveram envolvidos os quatro membros da família. Foi a primeira vez que isso aconteceu. Os materiais foram preparados atempadamente e dispostos no terreno antes de se proceder à sua instalação. Houve um cuidado extra em não elevar o nível, de modo que a terra não venha parar ao logradouro, que seja fácil o acesso a todos os espaços e que fique assegurado o escoamento de um possível excesso de água.
 As ervas aromáticas adaptaram-se bem no local. Plantei salva, tomilho, segurelha, hortelã-pimenta, salsa e hortelã, sendo estas duas últimas as mais utilizadas. Tenho tido algum trabalho para manter a hortelã confinada ao espaço que lhe destinei.
Durante o verão as alfaces cresceram rapidamente, com regras frequentes e alguma adubação. Agora, em novembro, o seu crescimento é muito lento e não sei se vale a pena plantar mais. Têm-se criado bom repolhos e as tronchudas para o Natal também têm bom aspecto.
As nabiças nasceram bem, embora muito espessas (falta de prática). Estão prestes a ganharem grelos.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Suculentas

Composições com algumas suculentas que existem no meu jardim.


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Petúnias

As petúnias foram as rainhas do jardim durante todo o verão. Precisão de pouca atenção e fazem um colorido fantástico.
A minha preocupação na compra das petúnias passou mais pela escolha de cores, ou pela raridade das mesmas. Praticamente só conhecia as petúnias com flores grandes, mas consegui um grande leque de tamanhos e formas diferentes de flores.

sábado, 5 de novembro de 2016

Mais um espaço no jardim

No seguimento das postagens anteriores, chegou a altura de falar um pouco da área 4 do jardim, aquela que se seguiu na preparação e na ocupação pelas plantas.
 Já com alguma experiência na preparação dos canteiros anteriores, esta área foi bastante pensada, quer ao nível da organização do espaço, quer ao nível das espécies que a ocuparam. Em poucas palavras, este espaço será maioritariamente ocupado com arbustos, com uma presença de espécies autóctones e aromáticas. É claro que... depois... quando o espaço começou a faltar, outras espécies também aqui ganharam raízes.
Situado em frente à casa, tem uma boa exposição solar. Uma parede que o separa da rua projeta alguma sombra nalgumas horas do dia. Pareceu-me importante que este espaço não destoasse muito da área 2, já finda e muito próxima dela. Assim, os materiais usados foram os mesmos, com pequenas alterações: bordadura em madeira, lancil, gravilha, alguns deks em madeira, estacas e plástico negro.
Em relação à área 2 decidi substituir a malha de geotextil por plástico negro. Tenho ideia que é mais eficiente contra as ervas daninhas e como a ária a cobrir é de pouca largura, não deve causar problemas com a impermeabilidade.
 Mesmo antes do arranjo do espaço já aqui tinham sido plantadas uma cerejeira de jardim, uma camélia e um azevinho.
O arranjo foi feito em julho, numa altura em que o meu físico já denotava algum desgaste face ao esforço físico a que estava a ser submetido. O trabalho pesado foi feito pela esposa e pelo filho, com grande nervosismo meu. É muito enervante querer fazer uma coisa e não se ser capaz.
Foi feito um passeio com pouco mais de 50 cm de largura que dividiu o espaço (ver o esquema) e que permite um fácil acesso a qualquer local. No passeio foi colocado o plástico negro e coberto com gravilha. Inicialmente estavam previstos deks de madeira, mas o preço seria mais elevado e não ficaria melhor.
Dois lancis de 1 metro, em comento, foram usados para fazer a separação do espaço de jardim com outro espaço (7) destinado a algumas fruteiras. Entre os dois vai existir um arco em ferro, que já está comprado mas que ainda não foi colocado porque precisa de uma adaptação feita por um serralheiro.
 Depois do arranjo, não passou muito tempo para que algumas espécies dessem um arde vida aos canteiros. Foram plantados alecrim, alfazema, hebe, berberis e até uma hortência, para aproveitar a sombra da parede. A minha intenção é plantar aqui arçãs (nome local dado a um rosmaninho selvagem), carqueja, urze, giestas e sargaços, mas não sei qual a melhor altura para transplantar as plantas.
No momento em que escrevo já há muitas espécies no canteiro, com destaque para algumas roseiras que estão com flores fantásticas.
A colocação do arco está para breve. Já há um jasmim bastante desenvolvido à sua espera. Com tempo irei falando das diferentes espécies que já aqui se desenvolvem, umas melhor, outras pior. A camélia é que parece não dar "sinais de vida", mas todas as restantes têm-se desenvolvido e florido bem. Também já há algumas suculentas neste canteiro.



sábado, 22 de outubro de 2016

Floreiras com suculentas

O gosto pelas suculentas não sei como surgiu, mas há algumas que já me acompanham há mais de 20 anos e por isso posso dizer que já são um "amor" antigo.
É fácil gostar de suculentas: são fáceis de reproduzir; são muito pouco exigentes em cuidados; são bastante surpreendentes e bonitas nas formas; têm muitas vezes flores que fazem inveja às mais belas dos jardins.
Alguns vasos de suculentas acompanharam a família na última mudança de casa há 10 anos atrás. A estas foram-se juntando outras. A Echevéria é bonita e fácil de reproduzir, a flor-de-maio é muito vistosa e como ela o chamado "cato do Natal". Também tive uma Kalanchoe Laetivirens. São um excelente exemplo para mostrar aos meus alunos quando falo de propagação vegetativa das plantas. Nos últimos anos estive mais atento e consegui novas espécies, entretanto também perdi algumas.
Tudo isto para justificar que no espaço para jardim que criei teria que haver um lugar com algum destaque para as plantas conhecidas como suculentas, por acumularem água.
Para as suculentas reservei sobretudo floreiras, colocadas no acesso à churrasqueira e garagem. Este espaço, voltado a sueste, tem uma grande exposição ao sol.
Preparei as floreiras com uma mistura de terra da horta, subtrato universal comprado, areia e perlita. Na base das floreiras coloquei pequenas pedras e gravilha para melhorar o escoamento do excesso de água, Confesso que rego a suculentas em demasia, pode ser fatal para as plantas.
As suculentas estavam em vasos individuais, mas foram colocadas em cada floreira três espécies ou mais, consoante o seu desenvolvimento e procurando alguma afinidade ou combinação estética.
A transplantação foi feita no início de julho. Pensava eu que as coisas correriam muito mal, mas as plantas rapidamente se desenvolveram e muitas ainda floriram. No final do verão estavam fantásticas.
Nem tudo correu bem. Tinha várias plantas do cato do Natal (Schlumbergera) que não gostaram nada do sol intenso. Apesar de os transplantar de novo para vasos e colocados à sombra, ainda não recuperaram.
 De julho a outubro já multipliquei muitas das suculentas que tinha. Dei-as aos amigos e recebi outras em troca. Com tempo pretendo dedicar a atenção e falar de algumas das espécies em particular, mas não é fácil identificá-las. As suculentas são tantas e tão diferentes que é difícil chegar a saber o nome vulgar ou o nome científico de algumas delas.


 

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Canteiro 2

As áreas em que se divide o jardim já foram apresentadas anteriormente, mas podem ser revistas nesta imagem.
A área 1, um pequeno canteiro, ficou pronto sem grande trabalho e começou a ser ocupado no fim de abril de 2016. Primeiro foram as verbenas, depois amores-perfeitos e petúnias, mas com o decorrer do tempo outras espécies são passaram por lá, umas com mais sucesso, outras com menos.
O canteiro 2 é aquele que ocupa a lugar mais privilegiado. Situado em frente à casa, tem cerca de 20m2 de área. Decidi não semear relva e criei um canteiro em toda a volta com 70cm e 50 cm de largura, com o centro pavimentado por gravilha. Usei tela geotext sob a gravilha que tem cerca de 10 cm de altura, mas mesmo assim não sei se impedirá o aparecimento de ervas daninhas.
Mesmo antes de começar a criar os canteiro plantei uma hera. A ideia seria de comprar uma pequena estátua e que a era cobrisse a base da estátua. A hera não cresce em demasia. Já a tinha em casa, imagine-se, plantada dentro de um aquário que virou terrário. Estava bonita e durante mais de 10 anos pouco se desenvolveu. Gosto muito dela, mas no novo local rapidamente as folhas ficaram queimadas pelo sol. Agora que o tempo está mais fresco e o sol é menos intenso, parece estar a recuperar, mas tenho as minhas dúvidas de que seja a planta adequada para o lugar.
Durante o mês de maio choveu imenso e só mais para o fim do mês consegui plantar mais alguma plantas, margaridas-do-cabo. Só comprei duas plantas, uma amarela e outra branca. Até hoje, passou meio ano, não pararam de florir!
Seguiram-se alguns gladíolos, que também que desenvolveram bastante e com lindas cores.
O canteiro só ficou pronto a 20 de junho. Nas semanas seguintes foram plantadas violetas, petúnias, santolinas, azáleas e gazânias. Comprei também amores-perfeitos, mas tiveram pouco sucesso e acabaram por morrer rapidamente.

Quase no final de julho chegaram as primeiras roseiras. O sol era tão intenso que se não fosse o ter cortado algumas giestas para as proteger teriam sido todas queimadas. Felizmente só uma é que não sobreviveu.
Durante o mês de agosto as petúnias foram as rainhas do meu jardim. O colorido levou-me a adquirir mais algumas, de flores de formas e cores diferentes sendo muito difícil dizer quais eram as mais bonitas.
Algumas espécies foram ganhando algum espaço neste canteiro, sobretudo arbustos. É importante que se mantenha alguma graça, quando as petúnias morrerem. Os arbustos são a forma que manter alguma estabilidade durante todas as estações.
Neste canteiro deixei um espaço para os lírios. É uma espécie que também gosto muito. As plantas que já tenho ainda têm pouco vigor mas o tempo delas chegará. Entretanto, já comecei a preparar o outono e o inverno. Já plantei alguns bolbos que vão transformar o canteiro e dar-lhe uma nova vida e, espero, muita cor.