As petúnias foram a base do jardim durante todo o verão. São fáceis de manter, são incrivelmente coloridas e consegui variações nas cores, no tamanho e na forma das flores que emprestaram um colorido fantástico.
Setembro de 2016
terça-feira, 11 de outubro de 2016
Preparação do terreno
Depois dos espaços do jardim terem sido pensados, começou a tarefa mais árdua: cavar toda a área com uma picareta. A terra estava compacta, pisada por pessoas e máquinas, cheia de pequenas e pedras grandes e outros detritos da obra.
Ao longo de mais de um mês todos tempos livres foram usados para avançar um pouco mais. As pedras foram retiradas, as raízes de algumas ervas daninhas (principalmente corriolas e grama) também foram recolhidas com cuidado.
A primavera veio chuvosa e por várias vezes ficou tudo alagado. Todo o trabalho foi manual, pois com qualquer máquina nunca poderia ser tão minucioso. Também foram retirados alguns pedregulhos de tamanho considerável e o nível do terreno baixou bastante. Nalguns pontos faltava mais de meio metro de terra para o nível pretendido.
A segunda etapa consistiu em acrescentar a terra necessária e a fazer algumas correcções na estrutura. A terra é muito fina e forma torrões com grande facilidade. Havia algumas alternativas em mente: estrume de cabra, caruma de pinheiro, substrato da cultura dos cogumelos e adubo orgânico.
A alternativa final foi condicionada pelo preço, pelo transporte, etc. optando-se por acrescentar terra mais rica em matéria orgânica e solta, tendo à mistura também algum substrato vindo da cultura dos cogumelos.
A terra foi espalhada manualmente, procurando dar aos espaços a inclinação desejada, de forma a escoar algum excesso proveniente das águas da chuva. O resultado final não foi totalmente satisfatório, mas a terra está mais solta e as plantas parecem desenvolver-se bem.
O nível final ficou um pouco mais elevado do que o que pretendia, quase ao nível dos passeios, mas foi a forma de conseguir mais alguma espessura de solo. No local existia um olival, com solo pobre e pouco profundo. Esta realidade ainda era notória nalgumas extremidades.
Ao longo de mais de um mês todos tempos livres foram usados para avançar um pouco mais. As pedras foram retiradas, as raízes de algumas ervas daninhas (principalmente corriolas e grama) também foram recolhidas com cuidado.
A primavera veio chuvosa e por várias vezes ficou tudo alagado. Todo o trabalho foi manual, pois com qualquer máquina nunca poderia ser tão minucioso. Também foram retirados alguns pedregulhos de tamanho considerável e o nível do terreno baixou bastante. Nalguns pontos faltava mais de meio metro de terra para o nível pretendido.
A segunda etapa consistiu em acrescentar a terra necessária e a fazer algumas correcções na estrutura. A terra é muito fina e forma torrões com grande facilidade. Havia algumas alternativas em mente: estrume de cabra, caruma de pinheiro, substrato da cultura dos cogumelos e adubo orgânico.
A alternativa final foi condicionada pelo preço, pelo transporte, etc. optando-se por acrescentar terra mais rica em matéria orgânica e solta, tendo à mistura também algum substrato vindo da cultura dos cogumelos.
A terra foi espalhada manualmente, procurando dar aos espaços a inclinação desejada, de forma a escoar algum excesso proveniente das águas da chuva. O resultado final não foi totalmente satisfatório, mas a terra está mais solta e as plantas parecem desenvolver-se bem.
O nível final ficou um pouco mais elevado do que o que pretendia, quase ao nível dos passeios, mas foi a forma de conseguir mais alguma espessura de solo. No local existia um olival, com solo pobre e pouco profundo. Esta realidade ainda era notória nalgumas extremidades.
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
O espaço
Os primeiros contactos com o espaço que virá a ser o jardim aconteceram em abril. A primavera foi chuvosa, havia muito entulho espalhado por todo o lado e não era nada agradável à vista. É claro que com a pavimentação ficaria tudo direitinho, bonito e limpinho, mas para transformar um monte de entulho num jardim, havia um longo caminho a percorrer.
Com a obra avançar rapidamente, tive que fazer as opções possíveis num curto espaço de tempo. Digo possíveis, porque pouco mais havia a decidir do que os espaços a pavimentar ou não pavimentar.
Algumas noites mal dormidas começaram a lançar luz no assunto. A ideia era de compromisso: pavimentar o suficiente para se circular com facilidade em redor da casa e deixar espaços para jardim, horta, árvores de fruto e alguns canteiros junto dos muros.
Os canteiros junto das paredes da casa foram sendo postos de lado. Poderiam facilitar infiltrações e levariam a que as paredes facilmente se sujassem.
Dentro das possibilidades, foram organizados alguns espaços, uns mais reais, outros mais imaginados, que agora posso dividir em 7, numerados pela ordem em que foram criados/usados.
1 - É um pequeno canteiro, voltado a norte, junto a um muro. A área é pequena, mas tem alguma sombra, o que faz dela um espaço possível para plantas que não suportam o sol pleno.
2 - É a área que sempre esteve planeada para jardim. À frente da casa, junto a uma varanda, com uma exposição ao sol fantástica.
3 - Na entrada para a garagem estiveram inicialmente previstos alguns canteiros estreitos. A opção acabou por ser pavimentar tudo e recorrer a floreiras e vasos.
4 - Também com boa exposição ao sol, à frente da casa, vai tornar-se numa área bastante ordenada, orientada mais para arbustos (que ainda não se assumiram como tal).
5 - Área situada nas traseiras da casa, recebe o sol da manhã, a sombra a maior parte do dia, e enche-se de luz ao fim da tarde. Foi a área escolhida para a horta.
6 - Não é área de jardim, mas sim o interior da casa. Digamos que aqui está o jardim constituído pelas plantas de interior.
7 - Esta ária está destinada a plantação de algumas árvores de fruto. Ainda não tem qualquer árvore plantada, mas com a chegada o outono, pode ser que esteja para breve a sua ocupação.
Estas áreas têm diferentes exposições à luz e ao vento, embora em termos de solo sejam muito semelhantes. A rocha existente no local é o xisto e a terra é muito pesada, compacta. Mais um desafio a vencer.
Com a obra avançar rapidamente, tive que fazer as opções possíveis num curto espaço de tempo. Digo possíveis, porque pouco mais havia a decidir do que os espaços a pavimentar ou não pavimentar.
Algumas noites mal dormidas começaram a lançar luz no assunto. A ideia era de compromisso: pavimentar o suficiente para se circular com facilidade em redor da casa e deixar espaços para jardim, horta, árvores de fruto e alguns canteiros junto dos muros.
Os canteiros junto das paredes da casa foram sendo postos de lado. Poderiam facilitar infiltrações e levariam a que as paredes facilmente se sujassem.
Dentro das possibilidades, foram organizados alguns espaços, uns mais reais, outros mais imaginados, que agora posso dividir em 7, numerados pela ordem em que foram criados/usados.
1 - É um pequeno canteiro, voltado a norte, junto a um muro. A área é pequena, mas tem alguma sombra, o que faz dela um espaço possível para plantas que não suportam o sol pleno.
2 - É a área que sempre esteve planeada para jardim. À frente da casa, junto a uma varanda, com uma exposição ao sol fantástica.
3 - Na entrada para a garagem estiveram inicialmente previstos alguns canteiros estreitos. A opção acabou por ser pavimentar tudo e recorrer a floreiras e vasos.
4 - Também com boa exposição ao sol, à frente da casa, vai tornar-se numa área bastante ordenada, orientada mais para arbustos (que ainda não se assumiram como tal).
5 - Área situada nas traseiras da casa, recebe o sol da manhã, a sombra a maior parte do dia, e enche-se de luz ao fim da tarde. Foi a área escolhida para a horta.
6 - Não é área de jardim, mas sim o interior da casa. Digamos que aqui está o jardim constituído pelas plantas de interior.
7 - Esta ária está destinada a plantação de algumas árvores de fruto. Ainda não tem qualquer árvore plantada, mas com a chegada o outono, pode ser que esteja para breve a sua ocupação.
Estas áreas têm diferentes exposições à luz e ao vento, embora em termos de solo sejam muito semelhantes. A rocha existente no local é o xisto e a terra é muito pesada, compacta. Mais um desafio a vencer.
domingo, 9 de outubro de 2016
Reativar a escrita
Há mais de 3 anos que criei o Blogue Aprendiz de Jardineiro. Desde então, muita coisa mudou. Muitas plantas morreram, outras ganharam vida. Percorri estradas, caminhos e montes, vivi dias felizes, outros nem tanto, mas, apesar das mensagens no blogue terem sido escassas, o entusiasmo e o carinho pelas plantas não diminuiu, antes pelo contrário.
Em 2013 eu estava bastante entusiasmado com algumas espécies silvestres que encontrava aquando das minhas caminhadas. O espaço para as plantas era reduzido. Quase todas viviam em vasos, distribuídos por vários espaços da casa, sobretudo numa marquise.
Hoje a situação é bem diferente. Tenho agora mais espaço, que fui ajeitando ao longo da primavera e verão, onde passo muitas horas.
Foram muitas mudanças ao longo dos 3 anos, mas, as que interessa reportar são as que aconteceram neste espaço de tempo, desde abril até ao momento. Adquiri uma casa, com algum espaço circundante, que decidi adaptar para poder dar largas a esta paixão de ver e cuidar das plantas.
No projeto inicial estava previsto um pequeno jardim, cerca de 20 m2. Quando visitei o local e me comecei a interessar, achei que poderia prescindir de alguns metros quadrados de pavé. Parece que a terra assusta as pessoas! É incrível como falam das folhas que caiem no outono, como se uma catástrofe se tratasse!
O desafio foi grande, mas aliciante. Planeei e realizei coisas que não pensei ser capaz de fazer, mas quando há vontade, conseguem-se ultrapassar bastantes obstáculos.
Vou tentar escrever um pouco o que se passou, mas sobretudo mostrar em fotografias a evolução do espaço e das plantas, jardim e também horta. Serão memórias intercaladas com o que vai acontecendo no presente, não com ideia de ensinar nada, mas sempre com a intenção de eu próprio reflectir nos assuntos, ou seja APRENDER.
Por hoje deixo apenas duas fotografias: uma de 14 de abril e outra de 19 de setembro. Elas mostram o início e um pouco do que foi conseguido, com as próprias mãos e algum investimento. Possivelmente podia ter sido mais, mas foi trabalho meu, aprendizagem minha, muitas horas de esforço mas também de prazer.
Em 2013 eu estava bastante entusiasmado com algumas espécies silvestres que encontrava aquando das minhas caminhadas. O espaço para as plantas era reduzido. Quase todas viviam em vasos, distribuídos por vários espaços da casa, sobretudo numa marquise.
Hoje a situação é bem diferente. Tenho agora mais espaço, que fui ajeitando ao longo da primavera e verão, onde passo muitas horas.
Foram muitas mudanças ao longo dos 3 anos, mas, as que interessa reportar são as que aconteceram neste espaço de tempo, desde abril até ao momento. Adquiri uma casa, com algum espaço circundante, que decidi adaptar para poder dar largas a esta paixão de ver e cuidar das plantas.
No projeto inicial estava previsto um pequeno jardim, cerca de 20 m2. Quando visitei o local e me comecei a interessar, achei que poderia prescindir de alguns metros quadrados de pavé. Parece que a terra assusta as pessoas! É incrível como falam das folhas que caiem no outono, como se uma catástrofe se tratasse!
O desafio foi grande, mas aliciante. Planeei e realizei coisas que não pensei ser capaz de fazer, mas quando há vontade, conseguem-se ultrapassar bastantes obstáculos.
Vou tentar escrever um pouco o que se passou, mas sobretudo mostrar em fotografias a evolução do espaço e das plantas, jardim e também horta. Serão memórias intercaladas com o que vai acontecendo no presente, não com ideia de ensinar nada, mas sempre com a intenção de eu próprio reflectir nos assuntos, ou seja APRENDER.
Por hoje deixo apenas duas fotografias: uma de 14 de abril e outra de 19 de setembro. Elas mostram o início e um pouco do que foi conseguido, com as próprias mãos e algum investimento. Possivelmente podia ter sido mais, mas foi trabalho meu, aprendizagem minha, muitas horas de esforço mas também de prazer.
terça-feira, 1 de abril de 2014
sábado, 28 de setembro de 2013
Avencas
Na última mudança de residência da família trouxemos uma avenca, grande, viçosa, bonita. Em algum momento morreu à sede e o vaso ficou abandonado durante algum tempo, acho que anos.
Há pouco tempo retirei a terra do vaso e juntei-a com outra, para a reaproveitar nalgumas plantações que fiz. Para meu espanto uma pequena avenca nasceu no meio de um vaso com fetos, depois num de trevo e agora já tenho 4 ou 5 vasos com pequenas avencas.
Fico sem saber como foi possível esta multiplicação, que aconteceu depois de vários anos de abandono.
A multiplicação de avencas faz-se facilmente por touceiras, separação da planta de um vaso em vários, mas na natureza ela é feita por esporos. Como a planta já tinha morrido há bastante tempo, e eu retirei todas as raízes da terra, resta a hipótese de terem ficado esporos misturados na terra. Como reguei a terra por nela estar uma nova planta, os esporos germinaram!
Não há espaço para todas as avencas, até porque estão a concorrer com plantas mais desenvolvidas, mas são bem tratadas, também porque se supões que elas têm efeito contra o mau-olhado. Como os dias estão difíceis, nunca se sabe.
Há pouco tempo retirei a terra do vaso e juntei-a com outra, para a reaproveitar nalgumas plantações que fiz. Para meu espanto uma pequena avenca nasceu no meio de um vaso com fetos, depois num de trevo e agora já tenho 4 ou 5 vasos com pequenas avencas.
Fico sem saber como foi possível esta multiplicação, que aconteceu depois de vários anos de abandono.
A multiplicação de avencas faz-se facilmente por touceiras, separação da planta de um vaso em vários, mas na natureza ela é feita por esporos. Como a planta já tinha morrido há bastante tempo, e eu retirei todas as raízes da terra, resta a hipótese de terem ficado esporos misturados na terra. Como reguei a terra por nela estar uma nova planta, os esporos germinaram!
Não há espaço para todas as avencas, até porque estão a concorrer com plantas mais desenvolvidas, mas são bem tratadas, também porque se supões que elas têm efeito contra o mau-olhado. Como os dias estão difíceis, nunca se sabe.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
O meu "jardim"
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Petúnias - excelente colorido e nada exigentes |
Tenho três espaços à minha disposição, o de dentro, o de fora e o que nem está dentro nem fora! Agora de forma que se entenda: o espaço exterior é um canteiro, que não é inteiramente da minha responsabilidade, mas que partilho com outras pessoas. A espécie que mais cuido são 4 couves galegas que plantei exclusivamente para consolar as minhas aves de gaiola (canários e agapornis) com algumas verduras.
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Rosa albardeira - espécie selvagem |
O espaço interior são várias divisões da casa onde as plantas são nossas companheiras do dia a dia. Algumas estão connosco há décadas e já sofreram os transtornos das mudanças. Ajudam a que nos sintamos em casa.
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Narciso (não sei bem ao certo a espécie) - selvagem |
As plantas, as aves e mais recentemente os peixes, são um verdadeiro problema em tempo de férias. Esta é a nossa residência de trabalho e embora seja aqui que passamos a maior parte do nosso tempo, temos necessidade de nos ausentarmos, para visitar a família, para passear um pouco, ou para visitar campos e jardins noutras paragens. Para apreciarmos a natureza e, quem sabe, recolher uma semente, um raminho ou um bolbo.
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Echeveria - floriu em agosto |
Há vontade de acrescentar um gato, ou mesmo um cão ao nosso espaço, mas as condições não são as propicias e esse projeto vai sendo adiado (para desgosto de alguns membros da família).
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