O Município de Vila Flor procedeu dia 21 à distribuição de compostores, resultado do projeto “Recolha de Resíduos Verdes, Compostagem Comunitária e Doméstica”, promovido pelas Terras de Trás-os-Montes e desenvolvido pela Resíduos do Nordeste. Não foi a primeira vez que me candidatei a receber um compostor, mas a procura deve ser grande, porque nunca me foi atribuído.
Desta vez a sorte tocou-me e recebi um compostor de 330 litros e um guia para a realização de compostagem doméstica.
Curiosamente não me apercebi ainda o que a autarquia faz com os resíduos resultantes dos jardins, nomeadamente com uma grande quantidade de relva cortada aqui bem próximo da zona onde eu vivo! Será que faz compostagem? Alguns canteiros da Vila bem agradeciam um pouco de composto (e atenção).
A entrega foi cerimonial, em frente à câmara, às 10 da manhã. Gostei de ver presente o sr. Abílio Aires. Recordo-me de ter visitado a sua exploração de minhocas quando eu era um estudante, já lá vão algumas décadas! O seu interesse pela temática do composto e da minhococultura ainda se mantém, tendo mesmo escrito um livro sobre o tema.
A partir do momento que tive jardim, à cerca de 10 anos, uma das primeiras coisas que fiz foi construir um compostor, com paletes. Têm-me sido de grande utilidade, quer para os materiais orgânicos resultantes da horta e do jardim, quer para os resíduos orgânicos resultantes da cozinha. Todos os anos, ou a cada dois anos, aproveito bem o composto que tem servido para tornar cada vez mais fértil o solo que tinha, que na sua origem era de um terreno de oliveiras. Como o compostor é de madeira,, vai-se deteriorando pelo contacto com o composto e pela ação dos elementos naturais.
Com a chegada do outono, a queda das folhas e a poda vai dar muito material para o compostor. Naquele que já tenho há imensas minhocas, vou transferir algumas para o novo.
Mete-me confusão ver pessoas que gostam de jardim e pavimentam as áreas que têm em redor de casas, ou cobrem o solo com pedras, casca de pinho ou relva sintética! Reduzem os arbustos e as árvores ao mínimo, porque largam folhas! Cada folha que regressa à terra é um pouco da fertilidade que a planta lhe tirou que é devolvida. Os espaços verdes, ainda que pequenos, são a nossa contribuição para o abrandamento do aquecimento global, para a purificação do ar, para a transpiração e para retenção de água no solo. Já para não falar das temperaturas mais baixas no verão, o abrigo para aves e outros seres vivos, e... para a beleza dos espaços. Mais do que criticar é preciso agir, cada um na proporção que estiver ao seu alcance. Mais do que acompanhar a COP30 que decorre no Brasil, é importante a reciclagem, a compostagem, a poupança de água e de energia elétrica que fazemos em nossas casas. Isso sim, é viver em paz e em sintonia com o meio que nos rodeia.
Para os interessados, vou deixar a ligação para um Guia de Compostagem, no primeiro comentário. É um PDF grátis!







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