domingo, 19 de novembro de 2017

Faucaria tigrina

A espécie Faucaria tigrina foi escolhida como Espécie da Semana pelo seu aspeto, algo invulgar, mas, principalmente porque se encontra em flor no mês novembro.
A minha experiência com esta espécie, ou mesmo com este género, é muito pouca. Possuo uma única planta, pequena, que ainda não consegui (nem tentei) reproduzir.
As primeiras fotografias que vi da planta chamaram-me de imediato à atenção. Não é por acaso que se chama tigrina. As suas folhas são triangulares, muito carnudas e fazem lembrar a boca de um tigre, de um crocodilo, ou de um tubarão.
O seu aspeto pode levar alguns distraídos a olharem para a planta como um cato, mas não é, pertence à grande família das Aizoaceae, juntamente com os conhecidos Lithops, a Aptenia cordifolia, a Corpuscularia lehmannii, entre muitos outros.
É originária da África do Sul, onde prospera em solos arenosos, ligeiramente ácidos. Desenvolve-se bem em pleno sol, com regas moderadas.
A floração ocorre no outono. As suas flores são amarelas, grandes, vistosas e atraem muitas abelhas. A flor abre perto do final de manhã e mantém-se aberta até ao fim do dia, fechando durante a noite.
Encontrei a planta que tenho à venda num viveiro em Vila Real. Era muito pequena e tinha três flores secas, espetadas com palitos nas suas folhas. Não resisti ao seu charme (e estava a ser torturada), comprei-a por cerca de 1,5€.
O seu crescimento é lento, mas durante o verão foi-se desenvolvendo e em setembro surgiu a primeira flor. Após essa vieram mais. Agora já é fácil encontrar os botões para as próximas flores.
A reprodução da planta faz-se por divisão da touceira, ou por sementeira, mas estou à espera que a planta se desenvolva um pouco mais, antes de proceder à sua divisão (não é fácil ver as sementes!).
Com a seleção da planta como Planta da Semana comecei a investigar um pouco mais sobre esta espécie. A planta que eu possuo pode muito bem não ser uma Faucaria tigrina. Ao longo desta semana inclinei-me mais para a classificar como Faucaria felina subsp. tuberculosa. As semelhanças entre todas as espécies do género Faucaria são imensas. Não admira que mesmo os especialistas sintam dificuldade em as classificar. O número de espécies reconhecidas tem vindo a diminuir, com junção das mesmas.
Independentemente da cor, que pode variar com mais ou menos sol (a minha passou todo o verão ao sol e continua completamente verde) noto variações na rugosidade das folhas, quer no interior, quer mo exterior. A Faucarea tigrina parece-me mais lisa e uniforme, comparada com a planta que tenho.
Embora possa parecer que todas as espécies têm as flores semelhantes a lampranthus amarelos, encontrei na internet algumas fotografias de plantas com flores brancas (Faucaria candida), não sei se fruto da interversão humana ou se existe mesmo na natureza.

Nome Científico: Faucaria tigrina
Nomes Populares: Faucária , Boca-de-tigre
Família: Aizoaceae
Categoria: Suculentas, Flores Perenes
Clima: Árido, Semi-árido (B), Subtropical, Tropical, Tropical de altitude.
Origem: África do Sul
Luminosidade: Meia-sombra, Pleno Sol.
Floração: Outono
Ciclo de vida: Perene

Fontes/ligações:

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