terça-feira, 7 de novembro de 2017

Novembro chegou

Novembro chegou e com ele vieram as primeiras chuvas, muito desejadas, que provocaram nas plantas e nos animais alterações significativas.
O verão, que se prolongou pelo outono, e que ainda se continua a mostrar, teve um grande impacto no jardim na horta.
As plantas que mais apreciaram o tempo quente foram as plantas suculentas. A maioria delas cresceu muito, reproduziu-se, com as técnicas que fui aplicando e floriu, embora em grande parte delas não é na flor que está a beleza. O calor tardio provocou florações esporádicas nalguns catos que tradicionalmente florescem na primavera. As elevadas echeverias  também não pararam de florir. As “Black Prince” ainda não têm as suas flores completamente abertas.
A flor-de-maio, imagine-se, entrou em floração. Não, não foi anomalia do clima. A planta recebe o nome por causa da época de floração no Brasil, em Portugal ela chama-se flor-de-outubro. Dos vários vasos do jardim, apenas um tem as flores completamente abertas, mas vão abrir até ao fim do mês.
Com as noites frias a chegar começo a preocupar-me com a proteção das suculentas no inverno. São centenas de vasos que é necessário proteger da geada e ainda não sei bem o que fazer. O pior não são os vasos… são algumas suculentas do jardim e das floreiras que sei de antemão que não vão suportar o inverno. Arranco-as?
O Golias (cachorro) anda com apetite para as suculentas e algumas foram colocadas em lugares altos onde ele não consegue chegar.
Alegria chegou a churrasqueira. O travesso (canária x pintassilgo) voltou a cantar. Só ele já faz a festa quando solta o seu afinado canto! Mas também os canários já cantam na plenitude. A época da muda da pena terminou e mesmo os canários jovens já cantam mais de que os seus pulmões permitem. Não faltam folhas de couve na horta para os animar.
Também na proteção da churrasqueira floriram os cyclamens. As condições têm sido favoráveis. As costelas-de -Adão também têm crescido bem. Os calanchoes parecem couves tronchudas!  Com exceção de dois comprados recentemente, nenhum floriu. São quase meia dezena de plantas, grandes, que vou ter de proteger do frio.
No jardim principal as flores são cada vez menos. As petúnias quase acabaram, restam algumas dálias e verbenas. Um belo crisântemo veio dar um toque de cor e lembrar que é novembro, mês de finados.
Há no jardim meia dúzia de crisântemos mas só um cresceu bem. Estou a apostar neles porque me parece que resistem bem ao sol pleno e ao calor que as paredes irradiam. Outras plantas têm tido dificuldade neste local.

Por todo lado nascem pequenas plantulas que as chuvas vieram despertar. Há que deixá-las crescer um pouco para fazer a triagem das ervas daninhas. Apenas os amores-perfeitos são perfeitamente identificáveis, mas,  cá para mim,  deve haver verbenas, gazânias, esporas e, quem sabe,  equinácias naquela confusão de pequenas plantas.
Os bolos de outono já estão na terra. As frésias e os exparáxis já cresceram bastante, mas os seus bolos ficaram permanentemente no jardim. Há mais uma ou duas espécies de bobos que brotou, mas que ainda não identifiquei. As açucenas também se mostraram.
No canteiro do passeio as begónias estão a morrer. O colorido é dado por perpétuas que ainda não pararam de florir e artemísia.
Há um lisanto (fantástico) florido e uma prímula. É neste canteiro que nascem a maior parte dos amores-perfeitos. No canteiro destinado aos arbustos (Canteiro dos Arbustos) as novidades são poucas. A maior foi ver a beladona a rebentar, depois de ter passado todo o setembro à espera de uma flor, que não chegou. O alecrim florido tem a companhia das últimas petúnias, rosas e verbenas. Destaca-se pelo crescimento a oliveira e o jasmim, que já percorreu metade do arco metálico que o suporta. Duas zínias, transplantadas tardiamente para aqui, estão muito bonitas. As calêndulas e as alfazemas foram cortadas. Estão com a folhagem bonita e prometem flores.
As estacas de roseiras estão a mostrar as últimas flores. A taxa de sucesso foi elevada e foram identificadas algumas estacas que produzem flores muito bonitas e perfeitas. Ainda não sei o que fazer com mais de 50 roseiras que surgiram nas estacas. As árvores de fruto não gostaram do verão seco e longo. Só o pessegueiro se desenvolveu bem e deu alguns frutos. O facto de ter o solo todo ocupado com outras culturas hortícolas também pode ter contribuído para o fraco desenvolvimento das árvores.
É na horta que estão a maioria das dálias e crisântemos. As dálias foram a alegria da casa durante meses, mas estão a terminar. Os crisântemos foram desbastados porque as suas flores foram usadas para compor os jazigos dos ante queridos. Restam em flor alguns copos-de-leite, a que costumo chamar jarros. Na horta estão a produzir bem os pimenteiros, beringelas, piripíri e alguns tomateiros (plantados mais tarde).
As couves (brócolos, tronchuda, galega e lombarda) estão bonitas, grandes, mas atrasadas em relação ao ano anterior. Ainda há alguns feijoeiros, mas, este ano esta cultura foi um desastre. Tem sido uma luta constante a perseguição a piolhos e lagartas, sem o recurso a químicos.
A produção de nabiças tem corrido bem (apenas possível com regas constantes). Já fiz a sementeira por duas vezes e estou prestes a fazer a terceira. Semeio sempre à volta de 6m2 de terreno. Têm nascido bem e são consumidas com regularidade (mesmo sem alheiras). Há algumas acelgas já bonitas à espera de serem utilizadas. Vai ser a primeira experiência com esta planta.
As ervas aromáticas estão bonitas. Após um corte, a hortelã, a cidreira, a salva e a hortelã-pimenta estão cheias de folhas novas, tenras, e saborosas. Cortei as hastes florais do manjericão, não sei se vai manter. Arranquei o tomilho, ma já transplantei duas ou três plantas novas que nasceram espontaneamente, para o substituir.
Nas plantas de interior não há grandes alterações. Algumas orquídeas continuam à procura do seu espaço.
A peperómia está a crescer bem no local que a ficus rejeitou. Em termos de novas aquisições as compras foram poucas: dois catos e uma hebe (Hebe topiaria), todos ainda muito pequenos. No dia 1 de novembro numa deslocação a Brunhoso vim de lá carregado de estacas, plantas jovens e sementes. Não é altura ideal para fazer novas apostas, mas tudo foi colocado no jardim e cuidado com carinho. Se tiver sucesso delas darei conhecimento, no contrário, voltarei a tentar lá para o início da primavera.

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