As chuvas que caíram no fim de agosto e no início de setembro vieram despertar o aprendiz de jardineiro, que passou o mês de agosto em compasso de espera, combatendo o calor, com a água possível.
Como já disse anteriormente, aqui o calendário é marcado pelas festas da Senhora da Assunção, uma das maiores romarias da região, que acontece a 15 de agosto. Normalmente coincide com a altura das primeiras chuvas que precipitam a lavra dos campos, a sementeira das nabiças, a plantação das couves tronchudas, etc. Não choveu na Senhora da Assunção, mas choveu no final do mês e o efeito foi o mesmo, mudanças na hortas, nos campos e nas plantas do jardim.
Como já disse anteriormente, aqui o calendário é marcado pelas festas da Senhora da Assunção, uma das maiores romarias da região, que acontece a 15 de agosto. Normalmente coincide com a altura das primeiras chuvas que precipitam a lavra dos campos, a sementeira das nabiças, a plantação das couves tronchudas, etc. Não choveu na Senhora da Assunção, mas choveu no final do mês e o efeito foi o mesmo, mudanças na hortas, nos campos e nas plantas do jardim.
Os tomateiros que comprei, coração de boi, ficaram atrofiados. Valeu-me os tomateiros que nasceram em quantidade, de forma espontânea, por toda a horta. Fruto de cruzamentos são pequenos, mas em quantidade, o que fez com que este fruto não tenha faltado. Também não têm faltado pimentos, grandes e bonitos. A trovoada tombou alguns pés, porque são muito altos e têm muito peso dos frutos. Courgettes não vi nenhum, de 3 pés que plantei, mas em contrapartida os pepinos são em quantidade. Cada vez apreciamos mais os pepinos. Dos repolhos já poucos restam. Algumas couves roxas, de que gostamos na salada. Estão quase a terminar as cenouras. Houve uma boa produção.
Este ano inovei nas malaguetas/pimentas. Já vos contei da “vergonha” que passei num Grupo sobre pimentas, quando cheguei à conclusão que não sabia nada da “poda”. Comprei alguns pés de malagueta e semeei mais 5 qualidades de pimentas que tenho espalhadas por tudo quanto é sítio, desde a horta, aos vasos de suculentas, passando pela churrasqueira. Já comecei a colheita e já fiz um frasco de molho “à minha moda”. No dia seguinte o azeite já picava! Noutra altura darei notícia da evolução das pimentas.
Já plantei as couves de penca. Poucas, porque couves não é coisa que me agrade no prato. Sou mais amante das leguminosas, mas há sempre grandes couves galegas que chegam a vários metros de altura. Uma feijoada à transmontana tem que ter couve galega.
As aromáticas estão muito frescas e crescidas. No jardim serrei um alecrim grande porque o canteiro já parecia uma floresta. Também serrei parte do maçaroco da Madeira. Estava gigantesco e nunca me deu flores. Cortei as alfazemas.
Para não deixar estragar, cortámos o levístico, coentros, poejos, manjericão e várias variedades de tomilho para secar e triturar (tarefa da esposa). Não necessitamos, porque temos quase tudo em fresco, mesmo ao lado da cozinha, mas é para não deixar estragar.
Plantei orégãos, que arranquei num relvado na cidade de Orense. 🙂
Na horta há ainda acelgas, rúcula, alfaces, alho-francês, espinafres, muitas beterrabas, fisális,…
Também nasceram de forma espontânea alguns pés de melancia. Os frutos estão grandes, mas temos dificuldade em saber quando estão prontos para colher.
No que toca às suculentas, são já bem visíveis a mudanças. Embora atribuamos muitas vezes estas mudanças às alterações de temperatura, ou de humidade, as plantas são muito mais sensíveis às mudanças da duração do dia. O fotoperíodo (tempo de luz) é o calendário das plantas. Tenho-me levantado todos os dias antes do sol nascer (para guardar as suculentas dos melros) e noto alterações de dia para dia. Os dias são muito mais curtos e o sol “descreve um arco” cada vez mais baixo.
Muitas suculentas sofreram efeitos do granizo. A destruição não foi grande, mas é notória, principalmente nas Echeveria. Os Aeonium despertaram e em breve vão voltar a ser estrelas.
Alguns bolbos também já despertaram! Os primeiros foram os muscari mas agora já noto rebentos de açucena, frésias, tritónias, anémonas e até beijinhos-de-mãe.
Quanto a flores, não há muita quantidade, mas há alguma variedade. Estão em força as sécias; ainda reinam as onze-horas; há gazânias em flor, mas tenho-as cortado para que renovem. As roseiras nunca param de dar flores. Faço poda constante desde a primeira floração, o que provoca rebentamentos e novas florações. Estão carregadas de botões. As dálias também estão em plena floração.
Floriu uma planta nova no jardim. Trata-se de uma anémona-do-japão. A planta já me foi dada há alguns anos e pensei que tinha morrido. Só me apercebi dela quando vi uma haste floral que cresceu até perto de 80 cm de altura.
Nas fruteiras, o diospireiro tem perdido muitos frutos, mas ainda tem uma quantidade aceitável. Espero que os mantenha. Estão boas para apanhar as maçãs Golden. A macieira tinha demasiadas e não cresceram muito, mas são extremamente doces e sumarentas. Até agora só temos apanhado as que caem ao chão. Os canários também gostam de maçãs (e de couves!). Gasto todas as manhãs 3 maçãs, colocando um “gomo” em cada gaiola.
Como próximas tarefas: semear algumas nabiças. Quer os grelos, quer os espigos são importantes na dieta a que estamos habituados. Quando o frio vier, uma alheira assada nas brasas, num prato de batatas cozidas e grelos é um dos nossos pratos mais tradicionais.
Também há uma tarefa que nunca acaba, ... renovar o substrato nalguns vasos das suculentas. Todos os anos há ataques de larvas, que comem as raízes das suculentas. Tenho algumas floreiras com esse problema.
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