segunda-feira, 17 de julho de 2023

Echinacea purpurea

A equinácea é uma planta medicinal, mas independentemente disso é uma planta de flores muito bonitas. 

Tenho apenas uma cor, mas há várias, entre as quais vermelhas.

Já me têm pedido as plantas para fins medicinais, mas eu apenas as uso como plantas de jardim ou como flores secas (têm um bonito cone). Estão nesta altura em flor.

Encontrei-as por acaso numa visita ao Lidl, há alguns anos atrás. No inverno desaparece totalmente.

domingo, 16 de julho de 2023

Coreópsis

Não tenho visto Coreópsis no Grupo Aprendiz de Jardineiro! Estas plantas entram no grupo daquelas que são autossuficientes, são perenes e são bonitas. 

Necessitam de pouquíssimos cuidados e dão flores durante muito tempo. É uma das espécies que só conheci quando chegou, misturada com mais umas dezenas, numa enorme caixa de cartão. Logo nesse ano floriram e já completam 3 anos comigo. Faço a reprodução por estacas, mesmo sem raiz, quando o tempo está fresco. 

Podem ter alguma dificuldade em prender, mas, por norma, resulta. Tratando-se de uma Asteracea seria de esperar que se reproduzisse facilmente por sementes, mas aqui, não acontece. Não admira. A terra do meu jardim há 6 anos que não é cavada (não há hipótese). Por isso muitas plantas não se reproduzem bem por sementes de forma autónoma.

Como podem ver pelas fotografias há plantas de flores simples e plantas de flores dobradas. Só tenho visto amarelos, mas há com uma auréola central vermelha, ou completamente vermelha (se alguém tem, agradeço que mostre).

Quem tem uma área razoável de jardim, é uma das espécies que pode procurar. Penso que não se irão arrepender.

Sedeveria Green Rose

 Hoje recordo-vos da Sedeveria Green Rose. É uma planta muito pouco conhecido. Havia três ou quatro membros do Grupo Suculentas-Portugal que a tinham e eu acabei por ganhar uma muda. 

Tem o formato que eu gosto e no que toca à cor varia muito. Com o frio fica rose, quase roxa, mas no verão fica verde até com tendência para o amarelo. É uma planta que giro esta espécie com alguma cautela. 

Ela por vezes perde-se na floração. Já tenho enviado algumas mudas (poucas), mas nunca recebi feedback.

sábado, 15 de julho de 2023

O Aeonium que só queria florir

Tenho aqui estas fotografias guardadas para vos contar uma "história", já há bastante tempo, mas como ela não se escreve sozinha, lá terá que ser. Se tivesse que escrever um título ele seria "O Aeonium que só queria florir".
Todos sabem dos perigos que tem a floração dos Aeonium. Quando florescem todas as rosáceas, é complicado, quase sempre significa um adeus definitivo.
Tratou-se de um Aeonium Mardi Gras, o primeiro que tive, comprado à Felisberta Marques e criado com muito carinho. Depois de alguns anos comigo notei que as rosáceas estavam a dar origem a folhas mais curtas e compactas. A desconfiança chegou a certeza pouco tempo depois, ambas as rosáceas preparavam-se para florir.
Tenho ouvido falar em soluções de sucesso, mas são casos esporádicos, tão pontuais que não sabemos se resultam do saber, se da sorte, se da providência divina. Estou a falar da reprodução por folha e da decapitação. A reprodução por folha é possível com Aeonium, eu próprio já tive casos de sucesso, mas em espécies de folhas mais suculentas e/ou lenhosas. Coloquei esta opção imediatamente de lado. Restou-me a decapitação.
Como tenho alguma formação em Ciências Naturais, decidi misturar a necessidade com ou pouco de método experimental. Foram decapitadas as duas rosáceas, mas uma deixando algumas folhas e outra sem folhas (ambas estavam na mesma planta). Uma das rosáceas cortadas foi plantada num vaso, outra foi decapitada de novo ficando a posterior, com algumas folhas, e a superior com o centro da rosácea. A parte posterior foi plantada num vaso, a extremidade foi colocada em copo com água. Fiquei, assim, com 5 variações do mesmo Aeonium. Seria muito mau se nenhuma tivesse sucesso!
1 - Planta original, decapitada, sem folhas;
2 - Planta original, decapitada, com folhas;
3 - Rosácea decapitada, plantada num vaso;
4 - Rosácea decapitada, em água;
5 - Troço do caule, com folhas, plantado em vaso.
Ainda está a ler? 😁 Gosta muito de suculentas ou já teria posto um like e passado à frente.
Só restava esperar... Nenhuma das amostras morreu! Todas continuaram a crescer, com exceção de uma (qual?). O meu entusiasmo crescia com elas.
Adianto já... amostra que nunca cresceu foi o tronco da decapitação que foi deixado sem folhas. Mesmo agora não está morto, mas não estou à espera de alterações com o calor que faz.
Acho que está a torcer pelo sucesso da amostra 2, caule original que foi deixado com folhas. Começou a ganhar um bom conjunto de rebentos e eu iria ter mais de meia dúzia de rosetas. À medida que cresciam o meu entusiasmo foi diminuindo. Estava claro que eram flores. Deixei a floração seguir o seu rumo, não havia mais nada a fazer. Quando a floração terminou cortei as flores, nova decapitação, mas novas flores surgiram. Fiz uma decapitação mais radical, por baixo das folhas e a planta deixou de florir, mas não morreu, nem lançou novas folhas.
Ainda me restavam mais três hipóteses de sucesso. Tratei estas amostras com mais cuidado, não as expondo demasiado ao sol. Todas continuavam a crescer, embora algo estioladas, mas a esperança mantinha-se; a falta de sol poderia inibir a floração.
Com o tempo fui perdendo a esperança. Como habitualmente faço, comecei a aproveitar os vasos para plantar outras espécies. Quando uma plantação me oferece poucas hipóteses de sucesso, aproveito para plantar outras amostras em redor. Não é falta de valorização, é uma necessidade de quem luta constantemente com falta de espaço.
Abreviando. Ambas as amostras plantadas em vaso (pedaço de caule e rosácea do Aeonium) floriram. Como estavam à sombra, a floração foi fraca.
A 5.ª e última amostra encontrava-se em água. Não morreu, mas num milagre que só a natureza consegue... floriu também!
A natureza seguiu o seu caminho. Eu repito muitas vezes, "as plantas não sabem que nós existimos". Não podemos pensar a sua vida colocando-nos no centro. São elas que estão no centro e esta só queria florir. É a sua forma de dar continuidade à espécie.
Não fiquei triste. Confirmei o que esperava, apesar de desejar o contrário. A mesma planta já me tilha dado muitas mudas, algumas das quais estão espalhadas por amigos pelo país.
Faltou testar a utilização das sementes. Sei que é possível, mas é um processo muito demorado, mesmo para quem é paciente.
Paciente também é quem leu esta "história" até ao fim. Se este foi o seu caso e se lhe apetecer escrever um comentário, acrescente "eu li" ao seu comentário. Revivi meses do meu Aeonium ao escrever estas linhas. Já valeu a pena.
Nota: O Aeunium ainda está no vaso, sem folhas, mas está vivo. Será que em setembro vai rebentar?!!!

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Jarro - Zantedeschia aethiopica

 Mesmo as espécies mais humildes merecem uma publicação de vez em quando. Não temos uma relação muito amistosa, ando sempre a arrancar-lhe as raízes mas ele é resiliente e quer tomar sempre mais terreno. É muito difícil de erradicar.

A dona da casa parece gostar dele(ou não). Anda constantemente a cortar-lhe as flores. 🙂

Zantedeschia aethiopica é uma espécie de planta com flor pertencente à família Araceae. A espécie é amplamente utilizada como planta ornamental e para produção de flores de corte, sendo conhecida pelos nomes comuns de copo-de-leite ou jarro ou boca-de-jarro. Wikipédia







domingo, 7 de maio de 2023

Arctotis stoechadifolia

Quando recebi esta planta, há alguns anos atrás, não passava de uma ponta, com cerca de 5 cm de comprimento. Coloquei-a num vaso e não lhe dei muita atenção, nem muita esperança de vida. Mas ela surpreendeu-me! Quando deitou a primeira flor impressionou-me! Só então me interessei em saber que planta estava ali.

As suas folhas são prateadas, cobertas de pelos, grandes e recortadas. As flores são grandes, de cor vibrante. As suas hastes são longas, pesadas, que se estendem ao longo do solo. 

Só pode ser uma asterácea.

Depois de algumas buscas cheguei à conclusão de que deve ser uma Arctotis stoechadifolia. Pode apresentar muitas cores, flores grandes, cores vibrantes, cores claras, mesmo branco.

Nomes comuns: Margarida africana, arctotis, margarida aurora, arctotis prateado, margarida à direita, arctotis branco.

Origem: Nativa do sudoeste da África (ou seja, Província do Cabo na África do Sul).

Na Austrália já é invasora da orla costeira, onde forma tapetes densos que prejudicam a flora autóctone. O Site Flora-on já tem a ficha desta planta, mas ainda está em branco! É uma espécie exótica que se pode tornar problemática.

Esta espécie está em plena floração, que começou em abril e se prolonga por maio.

São muito rústicas. Embora no jardim não passem sede, estou em crer que possam ser muito resistentes à seca e adaptáveis a solos pobres e pouco profundos.

Têm resistido sem problemas aos invernos frios. É fácil de reproduzir por estacas das hastes, que chegam a ganhar raízes quando só de tocarem no solo.

Tenho pena de não ter mais nenhuma cor, é uma espécie que dá brilho a qualquer recanto.

segunda-feira, 10 de abril de 2023

Parabéns Aprendiz de Jardineiro!

1.ª Publicação no Grupo

O Grupo Aprendiz de Jardineiro no Facebook está de parabéns! Faz 5 anos!
O grupo foi criado no dia 10 de abril de 2018, mas os membros só começaram a chegar mais para o meio do mês. Por esta altura já o Grupo Suculentas - Portugal, também criado por mim, somava vários milhares de membros.  A "ideia" do Aprendiz de Jardineiro é anterior ao boom do Facebook. Nasceu como um Blogue, no Blogspot em março de 2013. Eu gostava de escrever sobre as espécies silvestres e sobre as plantas que tinha em casa, que eram poucas (quase um jardim de varanda). Só em 2018, quando me encontrava a instalar num novo espaço, a que chamamos casa, aí já com mais solo para dar asas à imaginação, é que surgiu a ideia do Blogue se estender ao Facebook, uma vez que o Suculentas-Portugal se limitava às plantas suculentas.
O crescimento de uma comunidade destas não é fácil. Fácil é criar, perfis, páginas e grupos, mas faze-los "germinar" e crescer leva tempo e exige dedicação e paciência. Em junho já eramos mil, isto porque muitos membros assíduos do grupo das suculentas aderiram também ao grupo Aprendiz de Jardineiro Aqui marcamos encontro todos dias, durante estes cinco anos. É a esses membros, sempre presentes, apaixonados por plantas de todos os tipos, desde os mais sofisticados às simples plantas silvestres, passando pela horta, fruteiras, cogumelos, criação de animais, etc. que se deve este grande Grupo que é hoje o Aprendiz de Jardineiro. Podia citar nomes das pessoas que cá estão desde Abril de 2018 e alguns são bem conhecidos por todos nós.
Postagem comemorativa dos 100 membros no Grupo
Tenho aprendido muito aqui. Todos os dias aparecem novas espécies e mesmo que seja só uma fotografia é o click necessário para partir à descoberta da identificação, das suas caraterísticas e das suas necessidades. As trocas de plantas também tem sido uma constante e embora as suculentas sejam mais propícias a esse tipo de permuta, há sempre um bolbo, uma orquídea, um gerânio, uma planta aromática ou uma estaca de um arbusto que vai junto e ficamos com o nosso jardim povoado de nomes de pessoas do continente e ilhas, ou até do estrangeiro. Estas plantas têm mais valor do que aquelas que se compram nos hortos ou floristas, porque aí nunca vêm acompanhadas de chocolates, panos de cozinha, doces tradicionais ou mesmo uma ou outra garrafa de vinho.
Alguns membros mais recentes não se apercebem que não basta chegar é preciso pertencer. É que por detrás das fotografias, estão as pessoas e nós todos os dias nos damos, a quem está atento e recetivo.
O texto já vai longo e está a ficar lamechas.
Agradeço à equipa de atualmente me acompanha na administração do Grupo. Sem elas talvez o meu ânimo já tivesse estiolado. Vamos continuar a dinamizar e a manter apresentável este espaço que é público e esperamos que muitos membros estejam connosco, pelo menos por mais 5 anos. 😁

Aprendiz de Jardineiro no Facebook - Aqui