Hortelã-pimenta-mansa, poejo

É uma espécie autóctone de Portugal, embora esta tenha sido "importada" da Galiza. O seu nome científico é Mentha pulegium. É rupícola, gosta de ambientes húmidos e floreste em julho e agosto.

Existe praticamente em todo o território nacional.

Planta Aromática e Medicinal. Possui ação Antisséptica, Cicatrizante, Espasmolítico e Estimulante. Usada como loção/creme facial. Atividade fungicida e inseticida. Com aplicação na falta de apetite, digestões difíceis, discinesia hepatobiliar. Tratamento de gota, resfriados, amenorreia. Externamente, em inflamações cutâneas. Usada na gastronomia na confeção de pratos sobretudo de peixe. Ocorre em Prados e pastagens húmidas, em barrancos, margens e leitos secos de linhas de água, charcos, lagoas e outros locais temporariamente encharcados ou inundados, por vezes nitrificados. Com preferência por solos ácidos, com humidade edáfica, permanente ou estacional.

Malva, malva-rosa ou malvavisco (Alcea rosea)

Ontem falei de única zínia do jardim, hoje mostro-vos a única malva, malva-rosa ou malvavisco (Alcea rosea). Mas se a primeira é única porque não nasce, a segunda é única porque não as deixo vingar. Eu sei, são bastante resistentes e bonitas, mas não há espaço para todas! Quando se começa um jardim, nos primeiros anos, qualquer planta é bem vinda. Quando os arbustos começam a crescer, cada dia há mais espécies, parece que o jardim encolhe e já não há espaço para todas. Esta escapou porque foi confundida com a Lunaria annua (hóstias).

A malva pode atingir vários metros e a sua floração é gradual. Por isso está muito tempo em floração. Nasce de forma espontânea, mesmo nos lugares mais inesperados. Vejo-a em muitas aldeias vingar entre os paralelos da calçada. A minha mãe também tinha malvas no seu pequeno jardim.

Há sementes à venda, mas também é fácil recolher a semente do ovário das flores já mortas.

Acredito que haja muitas pessoas que adoram esta espécie.

Zínias

Hoje decidi falar-vos das zínias. Peguei na máquina fotográfica e bora lá... à caça das zínias. Só depois me lembrei... eu só tenho um pé de zínia! 😁

Pois é... andam sempre a repetir que nascem por todo o lado, mas não é aqui! Tanto as zínias como os cosmos devem ter algo contra mim. Já tenho uma arruda à porta, mas vou plantar outra do outro lado, para ver se supero o enguiço. 

Há vários anos que semeio zínias, mas elas não nascem. São sementes que eu recolhi, talvez estejam fora da validade. Este ano nasceu uma, para a amostra, e por sinal bem bonita.

Faço sementeira num tabuleiro, mas talvez seja melhor faze-la no local definitivo.

As zínias são excelentes para atrair borboletas.

Pimenta Brazilian Starfish White

Passei alguns anos a identificar suculentas... e agora estou a braços com a identificação das pimentas, mas a coisa é ainda mais complicada. Já é complicada no espaço europeu, mas se juntar-mos a América Latina, então é que ficamos todos com os olhos em bico, porque não há rigor nenhum na identificação das cultivares.

Não é o caso desta que vos mostro agora. É uma beleza batizada com o bonito nome de Brazilian Starfish White (estrela do mar branca, brasileira). A sua prima Red é muito conhecida, a Orange e a  Yellow também, mas da White parece que poucos ouviram falar! Por mais que investigue na internet consigo encontrar apenas uma fotografia, onde o fruto aparece branco como o papel. É que estou com dificuldade em saber quando os frutos estão maduros e tenho pelo menos a desconfiança de que aquela fotografia possa ser enganadora.

Se pode haver pimentas bonitas, a Brazilian Starfish é uma delas. Em toda a sua gama de cores! São tão bonitas que nem apetece come-las. Não será uma das pimentas mais apreciadas pela ardência, que está muito abaixo da das tradicionais malaguetas, mas terá a sua utilidade na cozinha, utilizada como o pimento doce em variados pratos, ou em saladas ou picles.

Trata-se de uma Capsicum baccatum, e apesar do seu nome Brazilian ela é originária do Peru. É a planta que mais cresceu da meia centena que tenho na horta. Tem mais de um metro de altura e está cheia de frutos pendurados. É uma beleza! 

Vou provar uma pimenta que colhi (normalmente provo em salada, com tomate, pimento, rúcula e beldroega). Entretanto vou tentar clarificar se ficam realmente brancas ou se estão prontas como estão, com um verde muito claro.

Se alguém tem, ou já viu frutos maduros, partilhe, gostaria de ver.

Bolivian rainbow e Padrón

Pimenta Bolivian rainbow e Pimento Padrón

Tenho-me divertido a provar as pimentas à medida que vão amadurecendo. Aqui vemos um pimento padrón já maduro, com alguma ardência ou pungência. Gosto mais deles assim do que quando estão verdes. Comem-se bem maduros.

Pimenta Bolivian rainbow, frutos verdes

A outra é uma Bolivian rainbow! Tem um formato, de maçã, completamente anormal para a espécie. Foi o primeiro fruto da planta e todos os restantes são normais. A Bolivian tem os frutos azuis, quando são jovens.

Eucomis

Floriu mais uma. Para uma planta que até é pouco conhecida, nomes não lhe faltam: Eucomis (Eucomis autumnalis), bengalas-de-mordomo. vara-de-mordomo, Círios, palmito, orquídeas-brasileiras, Flor-de-ananás, vela de mordomas, palmitos, bengalas, ramo de Mordoma, orquídea-selvagem, Velinhas de Viana, círio, Ramo de Noiva, velas de Santa Marta, ananás, vara de S . José, vela de cera, Vela votiva, vela de senhora, vela de Nossa Senhora, Círio da Madeira, bandarilhas, bengala de S. José, Velas de anjo, Bengala de Bispo, Bengalas de frade, velas de Viana do Castelo, ...

Eucomis para mim está bem.

A amiga Fátima Costa deu-me um bolbo já há alguns anos. Primeiro esteve em vaso depois foi para um curto espaço num dos lados da compostagem. Matéria orgânica não lhe deve faltar. Pensei que não fosse gostar da localização porque apanha pouco sol, apenas algumas horas ao nascer do sol, mas, pela floração, parece estar bem. E já são dois bolbos a florirem!

É uma planta vivaz da qual nos esquecemos parte do ano. As suas flores são muito bonitas, quando vistas de perto e há outras cores, já tenho visto fotografias.

Em breve as suas flores vão começar a cair, pela ordem em que foram abrindo e de pois é um adeus até pro ano.

Cyrtanthus elatus

Floriu o Cyrtanthus elatus. Esta planta, que também pode aparecer com o nome científico Vallota speciosa, é uma Amaryllidaceae, daí muita gente lhe chamar nomes de outras amaryllis, mas que não pertencem ao Género botânico Cyrtanthus. Não lhe conheço nenhum nome vulgar, mas noutras línguas encontrei lírio de Scarborough, lírio de fogo e lírio George. 

É uma bolbosa, originária da África do Sul, que gosta de solos soltos, muita luz, de preferência indireta e pode apresenta flores de diversas cores. Só tenho esta cor, e também só tenho visto publicações com esta cor. 

Não exige cuidados especiais. Não deve ser regada em excesso, o que pode causar o apodrecimento dos bolbos. Floresce nesta altura, fim de verão, início do outono.

Não deve ser confundido com clívias ou outras plantas semelhantes.