terça-feira, 20 de agosto de 2024

Eucomis


Floriu mais uma. Para uma planta que até é pouco conhecida, nomes não lhe faltam: Eucomis (Eucomis autumnalis), bengalas-de-mordomo. vara-de-mordomo, Círios, palmito, orquídeas-brasileiras, Flor-de-ananás, vela de mordomas, palmitos, bengalas, ramo de Mordoma, orquídea-selvagem, Velinhas de Viana, círio, Ramo de Noiva, velas de Santa Marta, ananás, vara de S . José, vela de cera, Vela votiva, vela de senhora, vela de Nossa Senhora, Círio da Madeira, bandarilhas, bengala de S. José, Velas de anjo, Bengala de Bispo, Bengalas de frade, velas de Viana do Castelo, ...
Eucomis para mim está bem.
A amiga Fátima Costa deu-me um bolbo já há alguns anos. Primeiro esteve em vaso depois foi para um curto espaço num dos lados da compostagem. Matéria orgânica não lhe deve faltar. Pensei que não fosse gostar da localização porque apanha pouco sol, apenas algumas horas ao nascer do sol, mas, pela floração, parece estar bem. E já são dois bolbos a florirem!
É uma planta vivaz da qual nos esquecemos parte do ano. As suas flores são muito bonitas, quando vistas de perto e há outras cores, já tenho visto fotografias.
Em breve as suas flores vão começar a cair, pela ordem em que foram abrindo e de pois é um adeus até pro ano.

domingo, 18 de agosto de 2024

Cyrtanthus elatus

Floriu o Cyrtanthus elatus. Esta planta, que também pode aparecer com o nome científico Vallota speciosa, é uma Amaryllidaceae, daí muita gente lhe chamar nomes de outras amaryllis, mas que não pertencem ao Género botânico Cyrtanthus. Não lhe conheço nenhum nome vulgar, mas noutras línguas encontrei lírio de Scarborough, lírio de fogo e lírio George. 
É uma bolbosa, originária da África do Sul, que gosta de solos soltos, muita luz, de preferência indireta e pode apresenta flores de diversas cores. Só tenho esta cor, e também só tenho visto publicações com esta cor. 
Não exige cuidados especiais. Não deve ser regada em excesso, o que pode causar o apodrecimento dos bolbos. Floresce nesta altura, fim de verão, início do outono.
Não deve ser confundido com clívias ou outras plantas semelhantes.

sábado, 17 de agosto de 2024

Da semente às plantas

Algumas das variedades semeadas
Prometi, já há algum tempo, falar um pouco da experiência que fiz este ano com a sementeira de tomates, pimentas e pimentos, mas o tempo passou e acabei por não o fazer.
Sementeira de pimentas em cubos de espuma. A germinação correu bem, mas foi difícil controlar a humidade. Todas as plantas acabaram por morrer.
É possível mas não dominei a técnica.
O primeiro de tudo é conseguir as sementes. As mais vulgares podem conseguir-se em casas de plantas, em saquetas com sementes. Há sempre a possibilidade de as guardar do ano anterior ou mesmo comprar os frutos no supermercado para guardarmos as sementes. No que toca a sementes de variedades mais raras, há meia dúzia de sítios web (nacionais) que vendem e muitos mais a nível internacional. Variedade é o que não falta.
Germinação em copos de iogurte, junto de uma janela.
A maioria das sementes foram-me dadas, mas também já tinha algumas de anos anteriores.
Pimenta Karneval yellow. Plantas bastante bonitas.
Não utilizei nenhuma fonte de calor, nem luz artificial para a germinação. Esperei que as temperaturas ficassem mais amenas, para fazer a sementeira e comprei substrato de germinação.
Jalapeño M, espécie de pimenta com pouca ardência, que tive bastante em 2023. É uma variedade bastante robusta, fácil de germinar e de cuidar.
Fiz as primeiras sementeiras no início de março. Além de alguns tupperwares velhos usei copos de iogurte e espuma floral (aquela com que serve de base a arranjos de flores).
Pimentos, pimentas e tomates.
A germinação correu bem, com algumas espécies, outras nem por isso. Contando que de algumas eu tinha no máximo 10 sementes, foi um desatino verificar que não germinou nenhuma. Acontece com estas plantas como com as suculentas - aquelas mais raras e mais desejadas, são as mais difíceis.
Pimentos, pimentas e tomates.
Houve germinação quer no substrato, quer na espuma, mas não consegui dosear a humidade na espuma e acabaram por morrer. Fiquei com a prova de que é possível, mas terei que me empenhar mais.
Quando as plantas já tinham algumas folhas bem desenvolvidas, separei cada uma para copos de iogurte ou pequeno vaso. Posteriormente apresentavam ter resistência, foram colocadas na terra. 
Pimentos, pimentas e tomates.
Não tenho qualquer estufa, por isso não foi fácil cuidar das pequenas plantas. Os copos e vasos foram organizados em caixas plásticas da fruta, que me permitiram mudá-las de sítio com alguma rapidez. Assim foram posta ao sol, sombra ou regadas consoante o estado do tempo e a disponibilidade. 
Esta é a estufa do Jorge Pinto, de onde viram muitas das minhas variedades.
O mais difícil foi mesmo a germinação de algumas cultivares, porque cuidar das pequenas plantas foi relativamente fácil. Em nenhum dos processos usei qualquer produto químico, fertilizante ou pesticida.
Todos os tomateiros e pimenteiros foram plantados no solo. No que toca às pimentas digamos que 50% estão na terra e outros 50% estão em vasos. Não havia lugar na terra para todas as plantas, por isso tive de comprar cerca de 40 vasos de 30 cm de diâmetro, e bastante substrato.
Pimenta no solo. Vai tornar-se um grande planta.
As plantas estão bastante bonitas, embora a produção seja ainda reduzida. Não podia ter semeado mais cedo, por isso não podia ter feito melhor.
Mudança das pimentas para vasos maiores. Tive de comprar o dobro dos vasos... 
É de realçar muitas das sementes e de plantas já bem desenvolvidas vieram do amigo Jorge Pinto, que me está a puxar para ir mais além do que eu pensei chegar. Quando saímos da nossa zona de conforto é quando aprendemos mais. 🙂
Na horta todo se combina. Temos junto ao solo morangueiros, rúcula e calêndula. Depois há um conjunto de pimentas de várias formas e cores onde se notam já os frutos da Bolivian Rainbow. Atrás a macieira, algumas videiras e loureiro.

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Pimentas e pimentos

A saga das pimentas continua. Entre mais de 40 variedades, caí na asneira de deixar apagar a identificação em alguns vasos. Agora ando à nora, a tentar adivinhar o que não sei. Mas estou a aprender. Há ainda poucos frutos maduros. 
Tirando a Rainbow e a Pequin, nas outras ou não estão maduros ou não sei identificar se estão. Isto de ter pimentas, brancas, amarelas, chocolate, negras, laranja... tem dificuldade acrescida que é saber quando é que estão maduras.
Os pimentos Padrón já foram experimentados em verde, numa receita bastante galega, mas, sinceramente, gosto mais do seu sabor quando têm algum ardor, quando começam a apresentar algum vermelho.
Também os Jalapeño são consumidos verdes. Tenho duas variedades, o Jalapeño M e o Jalapeño Dieguito. Vou deixar amadurecer os primeiros para lhes retirar as sementes.

Até ao momento a atenção tem sido dada às plantas, mas espero em breve ter frutos interessantes para experimentar. 
Já sinto água na boca. 🙂

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Phalaenopsis em flor

Floriu a única phalaenopsis que não tinha flores! São plantas muito bonitas e a floração duraaaaaaaaaaa. Não me parece que sejam difíceis de cuidar. Talvez a maior dificuldade seja encontrar o sítio certo para ela. Estava numa janela, onde apanhava sol direto e não floria à vários anos. Onde está agora não apanha sol direto praticamente nenhum. 

Notou-se logo a diferença.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

De volta ao jardim


Boa tarde, tiveram saudades minhas?...
Está bem... nem deram pela minha falta. 🙁 Quem deu pela minha falta foi a minha horta jardim. Quando cheguei, depois de uns dias de ausência, estava tudo limpo e arrumado! As suculentas nem me falaram, estavam todas de costas voltadas para a luz! Bastaram uns dias e parece que passou por aqui um furacão! 
Quem não passou sede foram as pimentas. Pudera, não passou um dia que eu não ligasse para casa alertando para a prioridade em regar as pimentas.
Agora que estou de volta, vamos "voltar ao rego", cumprindo a sequência habitual desde as 6 da manhã às 9 da noite. Isto de ser louco pelas plantas tem que se lhe diga...
As cebolas estão quase todas encabadas. Faltam umas gotas de chuva para começarmos a pensar nas nabiças e nas couves do Natal. Por norma chove na festa do Cabeço (Nossa Senhora da Assunção). Já não falta muito.
Está um calor abrasador. O que não é suculentas mirra e mesmo as suculentas têm que ser regadas diariamente.
As melras já descobriram que voltei. Andam por aqui (aos pares) a azucrinar-me a paciência, arrancando tudo dos vasos à procura das minhocas. Já me lembrei de adotar o gato farrusco, vagabundo, que por vezes passa por aqui, mas preocupo-me com os meus canários. Eles são mais "velhos" na casa do que o jardim, têm os seus direitos.
Votos de umas boas férias, para quem ainda ainda as tem, para os restantes, vamos viver um dia de cada vez, dando-lhe alegria e sabor (daí a fotografia). Vamos encontrar-nos todos os dias.
A fotografia é da pimenta Bolivian Rainbow. Muito bonita, muito decorativa, muito produtiva e também com uma ardência considerável.

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Algumas amostras do outono no jardim.





Algumas plantas estão prestes acabar o seu ciclo, é o caso da Houttuynia cordata 'Chameleon' e do Muguet. Outas estão no apogeu da floração, como é o caso dos crisântemos e da ajânia. As árvores de folha caduca perdem as folhas. 

A cerejeira é o caso mais flagrante, mas a nectarina, a pereira e a macieira vão seguir-lhe o exemplo. O diospireiro ainda tem bastantes frutos (é de roer), mas as folhas já estão a cair. Também o medronheiro tem frutos (e flores!).
Os citrinos também estão carregados de frutos, estou a falar da tangerineira e do limoeiro.
O azevinho está fantástico, tem mais frutos do que folhas. O mesmo acontece com vários arbustos cotoneaster, embora alguns destes não percam as folhas.
Nas suculentas são sobretudo os Orostachys que se preparam para hibernarem.
Na horta ainda se colhem algumas alfaces, tomates, pimentas, alho-francês, nabiças, acelgas e beterrabas. Os pimenteiros, tomateiros e pepineiros não têm aguentado as agruras do tempo, com muita chuva e algum frio. 
As couve de penca vão crescendo, já com as folhas já bicadas pelos pardais. As galegas recuperam energias e têm que ser presas para que o vento não as tombe. Têm todas à volta de 2 metros de altura.
Alguns bolbos já estão bem despertos.